Agradecemos à Ana Paula, e a todos aqueles que prestigiaram essa obra.
Confira a Carta na íntegra:
Olá Talmon,
Ontem estive no cine Jardins com minha filha Lara, de 9 anos, para que ela assistisse "O último dançarino de Mao", que eu já tinha visto e por isso, achei que seria indispensável para a formação dos referenciais de mundo que ela começa a traçar. Chegamos a conversar um pouco na hora da compra dos ingressos, lembra? Na saída, ainda procurei você, mas não lhe avistei. Em minha opinião, o filme é um dos melhores que vi, ultimamente. Emocionei-me da mesma forma, assistindo-o pela segunda vez.
Queria lhe dizer, que ela adorou o filme, assistiu tudo, sem cansaço ou desinteresse, o que para uma representante da geração acostumada a ouvir Justin Bieber, Selena Gomez, assistir enlatados em geral e celebrar o consumo, é um sinal de que há luz no fim do túnel, desde que nós, pais, não desistamos e julguemos ser uma batalha perdida. Ela ouve e vê, sim, tudo o que tem interesse e não seja prejudicial à formação dela. Mas, de forma suave, percebe e se interessa por tudo o que vê eu e o pai ouvindo, lendo e assistindo. Assim, ela acompanha a programação do Jardins pelos jornais e internet, me avisa sobre filmes que entraram em cartaz, pergunta se eu já vi e o que achei, demonstrando interesse em saber se ela poderia, também, assisti-los. Sempre que posso, levo-a para ver filmes assim, que falam das salvações individuais que atingimos com o uso de nossas forças pessoais, muitas vezes desconhecidas da maioria, que passam a vida procurando externamente o que carregam em seu interior.
Fico feliz em desfrutar de um espaço como o cinema de vocês, onde são exibidos filmes que importam, fazem a diferença e atuam como auxílio na caminhada que fazemos, ora por aqui. A classificação indicativa da idade é irrelevante em filmes como "O último dançarino de Mao", pois não há idade certa para se falar diretamente ao coração das pessoas. Mesmo as mais novas, com um pouco de sensibilidade, entendem e absorvem as lições. Afinal, é preciso fortalecer os braços, carregar as toras que a vida nos oferta, diariamente, para um dia, manusear o arco e a flecha encontrando neles a leveza de uma pluma. E, quanto mais cedo entenderem a dinâmica do movimento, menos sofrimento, não acha? Ou melhor, apenas os sofrimentos necessários para a mutação.
Um abraço,
Ana.
Aproveitando essa linda carta da Ana, aproveito para também agradecer o espaço Cine Jardins, por nos proporcionar filmes diferenciados, que é fato, se não fosse o Cine Jardins, não chegaria no estado.
ResponderExcluirAlém do ambiente muito acomchegante, temperado pelo carisma e simpatia dos funcionários do cinema! Muito Obrigada!
Aproveito para deixar uma sugestão, o documentário "A Música Segundo Tom Jobim", que teve pré-estréia dia 17/01. Aguardo ansiosamente poder ver esse lindo documentário no Cine Jardins!
Até a proxima!